O presidente Jair Bolsonaro indicou nesta segunda-feira, 7, que o óleo derramado no litoral nordestino possivelmente é fruto de vazamento de algum navio e que não seria responsabilidade do governo brasileiro. De acordo com ele, as investigações já apontam um país de origem do petróleo, mas elas prosseguem para confirmar o que de fato aconteceu.
Bolsonaro se reuniu nesta tarde com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e com o ministro do Itamaraty, Ernesto Araújo para tratar do assunto. “O que está constatado é que existe um DNA desse petróleo e ele não é nem produzido e nem comercializado pelo Brasil. … Temos no radar um país que pode ser o da origem do petróleo e continuamos trabalhando da melhor maneira possível não só para dar uma satisfação à sociedade bem como colaborar na questão ambiental”, disse após o encontro.
O presidente disse que as investigações demonstram, em um primeiro momento, que o petróleo não vem de vazamento de plataformas de exploração. “Em um vazamento como esse, o que seria natural é que o comandante do navio informasse porque acidentes acontecem, mas infelizmente, com o possível navio que aconteceu isso daí, pelo que tudo demonstra, pelo que parece não vem de vazamento de plataforma, isso não aconteceu”, disse.
O presidente informou ainda que as manchas de óleo migram para o norte e para o sul da região da Paraíba. “Aproximadamente 140 navios fizeram esse trajeto por aquela região. Pode ser algo criminoso, um vazamento acidental, pode ser um navio que naufragou também”, disse.
Bolsonaro admitiu ainda que há um impacto negativo para o turismo da região, mas garantiu que já está ocorrendo ações para a retirada do óleo que chegou às praias.
Manchas de óleo de origem ainda desconhecida atingiram diversas praias do Nordeste desde setembro. Já são mais de 132 locais atingidos. Ontem, o governo de Sergipe decretou estado de emergência devido ao aumento de danos ambientais causados pelo óleo.
No dia 4 de outubro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou um balanço com a informação de que 124 localidades haviam sido atingidas e 59 municípios de 8 Estados da região foram afetados.
Doze animais foram atingidos pela substância, sendo onze deles tartarugas marinhas, e oito deles morreram. A substância é petróleo cru, segundo análise do órgão, mas o tipo identificado não é produzido no Brasil.
Fonte: Jornal de Brasilia
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