Retirada pouco a pouco de uso, a vacina oral contra a poliomielite poderá ser retomada. Um grupo de trabalho convocado pelo Ministério da Saúde analisa a possibilidade de resgatar o uso das gotinhas na campanha do próximo ano. A vacina, que protege contra paralisia infantil, é feita com vírus atenuado e se tornou um símbolo do programa de imunização do Brasil. Nesta década, no entanto, ela vem sendo progressivamente substituída pela vacina injetável, feita com vírus inativado, considerada mais segura.
Diante das baixas coberturas vacinais, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, sugeriu que especialistas avaliem o retorno da vacina oral. Mandetta já avisou ser favorável à mudança. "Sou da geração Zé Gotinha, sou pai da geração. Só vejo coisa boa", observou.
Uma das justificativas para se repensar o uso da vacina oral em campanhas é a chamada "proteção de rebanho." A criança que toma a vacina pode eliminar parte do imunizante nas fezes. Em locais onde o saneamento não é eficiente, trechos do vírus atenuado podem se espalhar pelo ambiente.
Fonte: Terra
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