O pavio curto do ministro da Economia, Paulo Guedes, ficou evidente mais uma vez nesta quarta-feira na Comissão Mista de Orçamento (CMO), quando a audiência foi encerrada após o ministro bater boca com parlamentares de oposição.
Como em encontros anteriores, Guedes se irritou quando as perguntas dirigidas a ele ganharam tom pessoal. Dessa vez, porém, o debate foi encerrado após as primeiras participações da oposição, ainda na primeira rodada de perguntas dos parlamentares.
O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) questionou o ministro sobre investimentos dele na educação privada. Guedes subiu o tom quando, ao tentar responder, foi interrompido por Braga. "É minha vez de falar, não estou aqui para conversar sobre minhas finanças pessoais, estou aqui para falar sobre orçamento público. Estou aqui para ser respeitado. Questões de cunho interrogativo a respeito de minhas finanças pessoais devem ser feitas a outro fórum", afirmou.
A sessão foi encerrada com duas horas e meia de duração, por volta das 17h, muito antes do previsto na agenda de Guedes, que esperava o encerramento da audiência para as 21h.
Não foi a primeira vez que a participação do ministro no Congresso terminou em bate-boca e confusão. O embate mais famoso foi o do "tchutchuca x tigrão", em abril, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
O ministro caiu na provocação do deputado Zeca Dirceu (PT-PR) que o acusou de ser "tigrão" com os aposentados, idosos de baixa renda e agricultores, mas "tchutchuca" com privilegiados do Brasil. "Tchutchuca é a mãe, é a avó, respeita as pessoas", respondeu Guedes na ocasião, aos gritos.
Fonte: Terra
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