Para implementação do novo
serviço, com o apoio da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e da
Diretoria da Gestão do Cuidado (DGC), a equipe multidisciplinar passou por
capacitações e atualizações em normas técnicas e diretrizes do Ministério da
Saúde, assim como treinamentos voltados à humanização no atendimento, uso de
medicações profiláticas, bem como fluxo de atendimento a pessoas que foram
expostas à violência sexual, tendo como preceptores profissionais do Serviço AME,
do Hospital da Mulher Maria Luzia Costa dos Santos, unidade localizada em
Salvador. O AME é referência estadual para o atendimento de adolescentes e
mulheres expostas à violência sexual.
Os atendimentos serão
realizados por demanda espontânea, com atendimento prioritário. Conforme a
diretora médica da UPA, Jamile Martins, o atendimento é voltado a todas as
pessoas, a partir de 12 anos, sem distinção de gênero ou orientação sexual. “A
violência sexual é um problema de saúde pública que gera graves consequências.
Ampliar a rede de atendimento a essas pessoas num serviço que funciona 24h por
dia tem, para nós, o objetivo de minimizar o risco de infecções sexualmente
transmissíveis e gravidez indesejada, pois quanto mais cedo iniciarmos a
profilaxia medicamentosa, menor a chance de ocorrer esses agravos”, explicou a
profissional.
A Unidade
A UPA de Jequié dispõe de
equipe multidisciplinar, nove leitos de observação, sendo quatro adultos, dois
pediátricos, dois de emergência e um de isolamento. Com funcionamento 24 horas
por dia, durante os sete dias da semana, a UPA trata de urgências e emergências
como pressão e febre alta, cortes, infartos, derrames e estabilização de
pacientes mais graves.
Para ser atendido, o
paciente passa, inicialmente, pela recepção. Em seguida, é encaminhado para a
sala de classificação de risco, momento em que será acolhido por um enfermeiro.
Este profissional irá coletar os dados vitais do paciente e adotará o sistema
de Classificação por Risco, cujo objetivo é identificar os pacientes
prioritários conforme as queixas e sintomas.
O Protocolo Estadual de
Classificação de Risco tem como objetivo diminuir o risco de mortes evitáveis
com detecção de casos graves em tempo hábil, promovendo o acolhimento com
eficácia.
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