Há mais de 28 milhões de habitantes que correm o risco de ver o serviço interrompido a qualquer momento. Além disso, o sistema, ao invés de se expandir, está encolhendo.
“O sistema de transporte público está passando por uma crise estrutural sem precedentes”. alerta o técnico de planejamento e pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Henrique Carvalho.
Ele diz que “nos últimos 30 anos, vimos uma redução de mais de 30% dos passageiros de transporte público, sem contar com a grande perda que tivemos nos anos de pandemia”.
O transporte público enfrenta um cenário de incerteza quanto à sua sustentabilidade e acessibilidade. O custo técnico da tarifa é muito superior ao que é pago pelos passageiros, o que exige um subsídio, é crucial para que o transporte continue sendo uma opção viável para os cidadãos, sem o subsídio, o valor da passagem poderia aumentar drasticamente, tornando-se inviável para muitas famílias que dependem do serviço, dificultando o deslocamento de trabalhadores, estudantes e outros usuários que utilizam o transporte público diariamente para acessar serviços essenciais.
O subsídio é visto como uma medida indispensável para garantir a inclusão e a qualidade de vida de uma parcela significativa da população, que poderia ficar isolada em caso de aumento tarifário.
Segundo levantamento da NTU (Associação Nacional das Empresas de transportes Urbanos), antes da covid-19, apenas São Paulo, Curitiba e Brasília subsidiavam pesadamente seus sistemas de transporte. Atualmente, são mais de 200 cidades subsidiando seus sistemas de transporte.
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